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21/2/18

24 de Janeiro: mais um capítulo do golpe parlamentar




Presentación


Desde Perspectiva Marxista Internacional queremos divulgar (en castellano y en su idioma original) la posición de la organización brasileña Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS) (Movimiento por una Alternativa Indpendiente y Socialista) frente a la condena a Lula y su casi segura proscripción como candidato a presidente en las próximas elecciones, expresada en el editorial de esquerdaonline titulado «24 de janeiro: mais um capítulo do golpe parlamentar» («24 de enero: un capítulo más del golpe parlamentario»).

Lo hacemos porque tenemos coincidencias fundamentales en su llamado a la más amplia unidad de acción o frente único para movilizarse frente a la brutal ofensiva del gobierno de Temer y la gran burguesía brasileña contra los derechos y conquistas de los trabajadores y el pueblo brasileños, y en defensa de las libertades democráticas, en especial al derecho de Lula a ser candidato, que es el derecho de millones de trabajadores y pobres que quieren votar por él. Consideramos que el llamado del MAIS a que sean la CUT, el PT y el propio Lula quienes convoquen y se pongan a la cabeza de la lucha es un buen ejemplo de la política revolucionaria, que pone en primer lugar la necesidad de la clase obrera y el pueblo de luchar de manera unitaria contra el gobierno y la gran patronal.
Estas coincidencias no significan que concordemos con todas y cada una de las formulaciones que versan sobre análisis o aspectos tácticos contenidas en este editorial.

La traducción al castellano es exclusiva responsabilidad de Perspectiva Marxista Internacional.




Editorial
24 de janeiro: mais um capítulo do golpe parlamentar1
25 Janeiro, 2018


A condenação sem provas de Lula pela 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF-4) representa mais um capítulo lamentável do golpe parlamentar iniciado com o Impeachment de Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade comprovado.
Além de negar o recurso da defesa do ex-presidente e todos os seus pedidos, o resultado unânime entre os três juízes e a ampliação da pena para 12 anos e 1 mês demonstraram uma terrível unidade no Poder Judiciário em torno da Operação Lava Jato, seus métodos e objetivos reacionários.
A sustentação do voto dos três desembargadores é uma confirmação concreta de como setores do Poder Judiciário se colocam acima da sociedade, praticam um discurso aberto em defesa de uma meritocracia reacionária, por cima das regras da democracia e nutrem um grande desprezo pela vontade popular. Enfim, mais uma demonstração cabal de que a Justiça está a serviço dos ricos e poderosos.
A euforia do mercado, com alta recorde da bolsa e a queda do valor do dólar, é também uma demonstração de quem se sentiu vitorioso com a confirmação da condenação do ex-presidente pelo TRF-4.
E não foi só o mercado que se sentiu mais forte. No final da tarde, logo depois do encerramento do julgamento, o Palácio do Planalto iniciou uma ofensiva de agitação no facebook e outras redes sociais com mais uma etapa da campanha em defesa da Reforma da Previdência. O espírito do governo agora é “ir para cima” para conseguir os 308 votos necessários na sessão do dia 19 de fevereiro.   
Tudo isso ocorre num país onde políticos influentes da velha direita, que estão comprovadamente envolvidos em esquemas de corrupção, como Aécio Neves, Geraldo Alckmin e o próprio presidente ilegítimo Michel Temer, não só seguem no poder como não são sequer seriamente investigados e processados.
O verdadeiro espetáculo em torno ao julgamento foi transmitido ao vivo pelos grandes canais de televisão, especialmente a TV Globo. O que vimos nesta quarta-feira nada mais foi do que a continuação deste mesmo golpe, desta vez contra a candidatura de Lula, mas com os mesmos atores e os mesmos agentes envolvidos.
Não apoiamos o projeto político de Lula e da direção do PT. Seria muito positivo se a direção do PT estivesse realmente disposta a rever sua política de conciliação com os interesses dos ricos e poderosos. Mas isso não está acontecendo, nem vai acontecer. Os líderes do PT, e Lula em primeiro lugar, seguem defendendo uma política de aliança com setores da velha direita e do grande empresariado, inclusive setores que apoiaram o impeachment. Infelizmente, não aprenderam com os seus próprios erros, afinal, para ficar só num exemplo, quem botou Temer como vice de Dilma foi a própria direção petista.
Mas apesar das duras críticas que temos à política do PT, não podemos nos calar neste momento de ofensiva do projeto conservador. Não concordamos com setores da esquerda que defendem a condenação sem provas de Lula ou que afirmam que a classe trabalhadora não deve se preocupar com esse processo.
Erra também a direção do PT, quando busca misturar a campanha contra os ataques às liberdades democráticas e pelo direito de Lula concorrer nas eleições com o apoio político a uma eventual candidatura do ex-presidente nas eleições de 2018.
A hora é de uma campanha contra os ataques aos direitos sociais e às liberdades democráticas. Seria muito positivo se Lula, a direção do PT e da CUT e a Frente Brasil Popular fizessem uma campanha de fato unitária “em defesa da democracia, contra os ataques ao povo trabalhador e pelo direito de Lula ser candidato”.


Intensificar a luta contra a retirada de direitos e os ataques às liberdades democráticas

Não é hora de baixarmos a cabeça e muito menos a guarda. Evidentemente, é preciso reconhecer que o dia de ontem representou uma passo à frente no aprofundamento do golpe parlamentar, mas a grande decisão dessa guerra será nas ruas e não dentro dos tribunais dessa justiça reacionária.
A próxima batalha já está marcada. O governo ilegítimo de Temer e sua bancada no Congresso Nacional querem iniciar em fevereiro a votação da famigerada Reforma da Previdência. Querem seguir a aplicação de seu plano de retirar direitos históricos dos trabalhadores e da maioria do povo. Foi exatamente para isso que deram um golpe.
As centrais sindicais, os movimentos sociais combativos e os partidos que defendem os interesses do povo trabalhador precisam preparar a resistência aos ataques, que virão com muito mais força: pode-se começar com um dia nacional de paralisações e mobilizações, com o objetivo de construir uma verdadeira Greve Geral no país. A luta direta dos trabalhadores é o único idioma que os inimigos do povo entendem. Temos que repetir e ampliar o que fizemos no dia 28 de abril do ano passado. Se Lula está realmente preocupado com o que está acontecendo com o povo brasileiro, como afirmou na manifestação em Porto Alegre no dia 23 de janeiro, deveria então usar toda sua popularidade para se colocar a frente dessa convocação.
Mas nem Lula nem o PT parecem ter aprendido a lição: não vamos derrotar o golpe parlamentar apostando em acordos com os golpistas no Congresso Nacional, insistindo numa política de alianças com a velha direita e com o grande empresariado, nem apenas com recursos aos tribunais da Lava-Jato.
A principal lição que podemos tirar de ontem é que a luta contra o golpe parlamentar e seus capítulos, a defesa dos nossos direitos e das liberdades democráticas terão que ser prioritariamente, e cada vez mais, nas ruas, organizando mobilizações, paralisações e greves, para derrotar todos os ataques que estão sendo aplicados pelo governo ilegítimo de Temer e seus aliados.


É a hora de afirmar uma nova alternativa política

Defendemos a máxima unidade de ação nas lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores e das liberdades democráticas. Propomos a construção de uma ampla e unitária frente única que enfrente o golpe parlamentar e todos os seus objetivos reacionários. O próximo passo desta unidade deve ser intensificar a nossa mobilização para derrotar a Reforma da Previdência.
Para construir e fortalecer este amplo movimento unitário, da classe trabalhadora, da juventude e do conjunto dos explorados e oprimidos, devemos estar dispostos a lutar ao lado dos que não temos acordos políticos estratégicos. Em primeiro lugar, deve vir os interesses da classe trabalhadora e da maioria do povo.
Mas, essa sincera disposição de estarmos juntos na luta não deve se confundir com abrirmos mão de nossas diferenças políticas. Portanto, a defesa do direito de Lula concorrer nas eleições não significa que estamos dispostos de apoiar seu projeto políticos, principalmente de conciliar com os interesses das grandes empresas e bancos, Para nós, golpistas não merecem perdão!
Por isso, é preciso que o PSOL defina seu (sua) candidato (a) a presidente da república em sua Conferência Eleitoral marcada para o dia 10 de março. Por ter se consolidado como o maior partido que fez oposição de esquerda aos governos petistas, o PSOL tem a responsabilidade de chamar a construção de uma frente de esquerda e socialista, uma nova alternativa de independência de classe. Vemos também como algo muito positivo a possibilidade da filiação de Guilherme Boulos ao PSOL e a proposta que ele possa ser um dos nomes para encabeçar esta alternativa.
A esquerda socialista precisa encarar esses dois desafios políticos: estar na linha de frente das lutas unitárias em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da maioria do povo; e  ser firme na apresentação de uma nova alternativa política de esquerda radical, socialista, que supere o projeto de conciliação de classes da direção do PT.

1https://esquerdaonline.com.br/2018/01/25/24-de-janeiro-mais-um-capitulo-do-golpe-parlamentar/

24 de enero: un capítulo más del golpe parlamentario

 

 

Presentación

Desde Perspectiva Marxista Internacional queremos divulgar (en castellano y en su idioma original) la posición de la organización brasileña Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (MAIS) (Movimiento por una Alternativa Indpendiente y Socialista) frente a la condena a Lula y su casi segura proscripción como candidato a presidente en las próximas elecciones, expresada en el editorial de esquerdaonline titulado «24 de janeiro: mais um capítulo do golpe parlamentar» («24 de enero: un capítulo más del golpe parlamentario»).

Lo hacemos porque tenemos coincidencias fundamentales en su llamado a la más amplia unidad de acción o frente único para movilizarse frente a la brutal ofensiva del gobierno de Temer y la gran burguesía brasileña contra los derechos y conquistas de los trabajadores y el pueblo brasileños, y en defensa de las libertades democráticas, en especial al derecho de Lula a ser candidato, que es el derecho de millones de trabajadores y pobres que quieren votar por él. Consideramos que el llamado del MAIS a que sean la CUT, el PT y el propio Lula quienes convoquen y se pongan a la cabeza de la lucha es un buen ejemplo de la política revolucionaria, que pone en primer lugar la necesidad de la clase obrera y el pueblo de luchar de manera unitaria contra el gobierno y la gran patronal.
Estas coincidencias no significan que concordemos con todas y cada una de las formulaciones que versan sobre análisis o aspectos tácticos contenidas en este editorial.

La traducción al castellano es exclusiva responsabilidad de Perspectiva Marxista Internacional.

 

Editorial

24 de enero: un capítulo más del golpe parlamentario 1

(25 de enero de 2018)



La condena sin pruebas de Lula por la 8a sala del Tribunal Regional de la 4a Región (TRF-4) representa un capítulo lamentable más del golpe parlamentario iniciado con el impeachment de Dilma Rousseff sin delito de responsabilidad comprobado.

Además de negar el recurso de defensa al expresidente y todos sus pedidos, el resultado unánime de los tres jueces y la ampliación de la pena a 12 años y un mes demuestran una terrible unidad en el Poder Judicial en torno de la Operación Lava Jato, sus métodos y objetivos reaccionarios.

La sustentación del voto de los tres jueces de segunda instancia es una confirmación concreta de como sectores del Poder Judicial se colocan por encima de la sociedad, practican un discurso abierto en defensa de una meritocracia reaccionaria, por encima de las reglas de la democracia y alimentan un gran desprecio por la voluntad popular. En fin, una demostración más de que la Justicia está al servicio de los ricos y poderosos.

La euforia del mercado, con alza récord de la bolsa, y la caída del valor del dólar, es también una demostración de quién se sintió victorioso con la confirmación de la condena del expresidente por el TRF-4.

Y no solo el mercado se sintió más fuerte. Al final de la tarde, poco después del cierre del juicio, el Palacio de Planalto inició una ofensiva de agitación en Facebook y otras redes sociales con una etapa más de la campaña en defensa de la Reforma Previsional. El espíritu del gobierno ahora es “ir para arriba” para conseguir los 308 votos necesarios en la sesión del día 19 de febrero.

Todo esto ocurre en un país donde políticos influyentes de la vieja derecha, que están probadamente involucrados en esquemas de corrupción, como Aécio Neves, Geraldo Alckmin y el propio presidente ilegítimo Michel Temer, no solo siguen en el poder sino que tampoco son seriamente investigados y procesados.

El verdadero espectáculo en torno al juicio fue transmitido en vivo por los grandes canales de televisión, especialmente TV Globo. Lo que vimos este miércoles fue nada más que la continuación de este mismo golpe, esta vez contra la candidatura de Lula, pero con los mismos actores y con los mismos agentes involucrados.

No apoyamos el proyecto político de Lula y de la dirección del PT. Sería muy positivo si la dirección del PT estuviese realmente dispuesta a rever su política de conciliación con los intereses de los ricos y poderosos. Pero eso no está ocurriendo, ni va a ocurrir. Los líderes del PT, y Lula en primer lugar, siguen defendiendo una política de alianza con sectores de la vieja derecha y de los grandes empresarios, incluso con sectores que apoyaron el impeachment. Desafortunadamente, no aprendieron de sus propios errores; a final de cuentas, para dar solo un ejemplo, quien puso a Temer como vice de Dilma fue la propia dirección petista.

Pero a pesar de las duras críticas que tenemos a la política del PT, no podemos quedar callados en este momento de ofensiva del proyecto conservador. No estamos de acuerdo con los sectores de la izquierda que apoyan la condena sin pruebas de Lula o que afirman que la clase trabajadora no debe preocuparse con este proceso.

Se equivoca también la dirección del PT cuando busca mezclar la campaña contra los ataques a las libertades democráticas y por el derecho de Lula de participar en las elecciones con el apoyo político a una eventual candidatura del expresidente en las elecciones de 2018.

Es hora de una campaña contra los ataques a los derechos sociales y las libertades democráticas. Sería muy positivo si Lula, la dirección del PT, la de la CUT y el Frente Popular hicieran una campaña de hecho unitaria “en defensa de la democracia, contra los ataques al pueblo trabajador y por el derecho de Lula a ser candidato”.


Intensificar la lucha contra la eliminación de derechos y los ataques a las libertades democráticas

No es hora de bajar la cabeza y mucho menos la guardia. Evidentemente, es preciso reconocer que el día de ayer representó un paso adelante en la profundización del golpe parlamentario, pero el momento decisivo de esta guerra será en las calles y no dentro de los tribunales de esa justicia reaccionaria.

La fecha de la próxima batalla ya está marcada. El gobierno ilegítimo de Temer y su bancada en el Congreso Nacional quieren iniciar en febrero la votación de la infame Reforma Previsional. Quieren seguir con la aplicación de su plan de eliminar derechos históricos de los trabajadores y de la mayoría del pueblo. Fue exactamente para eso que dieron el golpe.

Las centrales sindicales, los movimientos sociales combativos y los partidos que defienden los intereses del pueblo trabajador deben preparar la resistencia a los ataques, que vendrán con mucha más fuerza. Se puede comenzar con un día nacional de paralizaciones y movilizaciones, con el objetivo de construir una verdadera huelga general en el país. La lucha directa de los trabajadores es el único idioma que los enemigos del pueblo entienden. Tenemos que repetir y ampliar lo que hicimos el día 28 de abril del año pasado. Si Lula está realmente preocupado con lo que está aconteciendo con el pueblo brasileño, como afirmó en la manifestación en Porto Alegre el día 23 de enero, debería entones usar toda su popularidad para colocarse al frente de esta convocatoria.

Pero ni Lula ni el PT parecen haber aprendido la lección: no vamos a derrotar el golpe parlamentario apostando a acuerdos con los golpistas en el Congreso Nacional, insistiendo en una política de alianzas con la vieja derecha y con los grandes empresarios, ni tampoco con recursos judiciales en los tribunales de la Lava Jato.

La principal lección que podemos sacar de lo ocurrido ayer es que la lucha contra el golpe parlamentario y sus capítulos, la defensa de nuestros derechos y de las libertades democráticas tendrán que ser prioritariamente, y cada vez más, en las calles, organizando movilizaciones, paralizaciones y huelgas, para derrotar todos los ataques que están siendo aplicados por el gobierno ilegítimo de Temer y sus aliados.


Es la hora de afianzar una nueva alternativa política

Defendemos la máxima unidad de acción en las luchas en defensa de los derechos de los trabajadores y de las libertades democráticas. Proponemos la construcción de un amplio frente único que confronte el golpe parlamentario y todos sus objetivos reaccionarios. El próximo paso de esta unidad debe ser intensificar nuestra movilización para derrotar la Reforma Previsional.

Para construir y fortalecer este amplio movimiento unitario, de la clase trabajadora, la juventud y del conjunto de los explotados y oprimidos, debemos estar dispuestos a luchar al lado de aquello con los que no tenemos acuerdos políticos estratégicos. Los intereses de la clase trabajadora y de la mayoría del pueblo deben estar en primer lugar.

Pero esa sincera disposición a estar juntos en la luchas no debe confundirse con hacer a un lado nuestras diferencias políticas. Por lo tanto, la defensa del derechos de Lula a participar en las elecciones no significa que estamos dispuestos a apoyar su proyecto político, principalmente de conciliación con los intereses de las grandes empresas y los bancos. Para nosotros, ¡los golpistas no merecen perdón!

Por eso, es necesario que el PSOL defina su candidato(a) a presidente de la República en su Conferencia Electoral marcada para el día 10 de marzo. Por haberse consolidado como el mayor partido de oposición de izquierda a los gobiernos petistas, el PSOL tiene la responsabilidad de llamar a la construcción de un frente de izquierda socialista, una nueva alternativa de independencia de clase. Vemos también como algo muy positivo la posibilidad de afiliación de Guilherme Boulos al PSOL y la propuesta de que él pueda ser uno de los nombres para encabezar esta alternativa.

La izquierda socialista necesita encarar estos dos desafíos políticos: estar en la línea del frente de las luchas unitarias en defensa de los derechos de la clase trabajadora y de la mayoría del pueblo, y ser firme en la presentación de una nueva alternativa política de izquierda radical, socialista, que supere el proyecto de conciliación de clases de la dirección del PT.


1 Original en: https://esquerdaonline.com.br/2018/01/25/24-de-janeiro-mais-um-capitulo-do-golpe-parlamentar/